O risco-país mede a percepção do mercado sobre a capacidade de um país honrar suas dívidas e sua estabilidade econômica e política. Em termos simples, é um indicador do risco de investir em um país, especialmente em relação aos títulos da dívida pública.


Como o risco-país é calculado?

O cálculo é baseado no spread (diferença) entre os juros dos títulos de dívida de um país emergente e os títulos considerados mais seguros, como os dos EUA. Essa diferença é expressa em pontos-base (100 pontos = 1%).

Por exemplo: Se os juros nos EUA são 4% ao ano e em outro país são 7%, o risco-país desse país seria de 300 pontos-base.


Fatores que influenciam o risco-país:

1. Condições econômicas: dívida pública alta, inflação elevada, baixo crescimento.
2. Estabilidade política: governos instáveis, corrupção, conflitos internos.
3. Condições externas: dependência de commodities e flutuações globais.
4. Histórico de crédito: atrasos ou calotes.
   
   

Por que o risco-país é importante?

• Para investidores estrangeiros: ajuda a avaliar o retorno esperado em relação ao risco de investir no país.
• Para o país: um risco elevado aumenta os custos de crédito e reduz os investimentos.

O risco-país no Brasil:

O Brasil é avaliado pelo índice EMBI+, calculado pelo JP Morgan. Um risco-país alto sugere instabilidade econômica e política, tornando o país menos atrativo para investidores. Por outro lado, um risco baixo reflete maior confiança e facilita investimentos.


Resumo:

• Risco alto: Empréstimos mais caros, menor atratividade para investidores.
• Risco baixo: Confiança dos mercados, crédito mais acessível.