Copom Eleva Selic para 12,25% ao Ano e Surpreende o Mercado

Na reunião desta quarta-feira (11), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu acelerar o ritmo de ajuste da política monetária, elevando a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual, alcançando 12,25% ao ano. A decisão, que foi unânime, surpreendeu a maior parte dos especialistas, que esperavam um aumento mais moderado, de 0,75 ponto percentual.

Por que o Copom elevou a Selic?

A elevação da Selic reflete os esforços do Banco Central para conter a inflação, que continua acima do esperado. Segundo o comunicado do Copom, o cenário é considerado adverso para a convergência da inflação à meta. Dessa forma, a autoridade monetária indicou que, caso o atual cenário persista, novos aumentos da mesma magnitude poderão ser realizados nas próximas reuniões.

“Diante de um cenário mais adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, ajustes de mesma magnitude nas próximas duas reuniões”, afirmou o Copom em nota.

Impactos da Decisão

Essa é a terceira alta consecutiva da Selic, que agora retorna ao patamar de dezembro do ano passado. O aumento consolida uma fase de aperto monetário, que tem como objetivo reduzir a demanda na economia, contendo a pressão inflacionária.

Para o mercado financeiro, a decisão reforça o compromisso do Banco Central em controlar a inflação, mesmo que isso possa desacelerar o crescimento econômico no curto prazo. Por outro lado, para consumidores e empresas, o aumento dos juros encarece o crédito, dificultando financiamentos e impactando diretamente o consumo e os investimentos.

O que esperar das próximas reuniões?

Se o cenário de pressões inflacionárias persistir, o Copom deverá manter o ritmo atual, com novas altas de 1 ponto percentual nas próximas reuniões. Isso significa que a Selic pode ultrapassar os níveis atuais, dependendo da evolução da inflação e do cenário econômico global.

A decisão de elevar a Selic para 12,25% é um forte recado do Banco Central sobre sua prioridade em combater a inflação. Embora surpreendente, a medida reforça o compromisso com a estabilidade econômica de longo prazo.