O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira (29) a decisão de elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual, levando-a a 13,25% ao ano. A medida, tomada de forma unânime pelo colegiado, já era esperada pelos mercados e reforça o compromisso do BC com o controle da inflação. Além disso, o Copom sinalizou que uma nova alta de mesma intensidade deve ocorrer na próxima reunião, marcada para os dias 18 e 19 de março.
Esta foi a quarta alta consecutiva da Selic, mantendo o ritmo de aumentos iniciado em 2024. A decisão ocorreu na primeira reunião sob o comando de Gabriel Galípolo, novo Presidente do BC, e reflete as preocupações do comitê com três fatores principais:
Risco de desancoragem das expectativas de inflação: Quando os agentes econômicos perdem a confiança na capacidade do BC de controlar a inflação, o problema pode se prolongar.
Resistência da inflação de serviços: Setores como educação, saúde e transporte continuam pressionando os preços.
Impacto das políticas econômicas internas e externas: Medidas fiscais e o cenário global podem agravar a inflação.
O Copom destacou que o cenário internacional segue desafiador, especialmente devido à conjuntura econômica nos Estados Unidos. A incerteza sobre o ritmo da desaceleração da inflação global e as decisões do Federal Reserve (Fed, o BC americano) influenciam diretamente as decisões do BC brasileiro.
No âmbito doméstico, o comitê observou que a atividade econômica e o mercado de trabalho continuam dinâmicos, mas a inflação e suas medidas subjacentes permanecem acima da meta, com tendência de alta nas divulgações mais recentes. A meta de inflação, estabelecida para o terceiro trimestre de 2026, é de 4,0%, e o BC reforçou seu compromisso em alcançá-la.
A alta da Selic tem impactos diretos no dia a dia dos brasileiros. Com juros mais altos:
Crédito fica mais caro: Empréstimos, financiamentos e cartões de crédito tendem a ter taxas de juros mais elevadas.
Investimentos em renda fixa ganham atratividade: Tesouro Direto, CDBs e outros investimentos ligados à Selic podem render mais.
Consumo pode desacelerar: Com o crédito mais caro, famílias e empresas tendem a reduzir gastos, o que pode frear a economia.
O Copom já adiantou que a próxima reunião, em março, deve trazer mais uma alta de 1 ponto percentual na Selic. Essa medida reforça a estratégia do BC de manter o controle sobre a inflação, mas também aumenta os desafios para a retomada do crescimento econômico.
Fique atento às próximas decisões do Copom e aos impactos no seu orçamento. Acompanhe nosso site para mais análises e dicas de como se preparar para esse cenário de juros altos.
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